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sexta-feira, 1 de julho de 2011

Pronunciando Magia

A magia é a utilização das forças da Natureza para acarretar as mudanças necessárias.

Para atrair, intensificar e direcionar essas energias, o mago utiliza alguns instrumentos. Podem ser itens preciosos como adagas incrustadas com pedras preciosas e reluzentes incensários de prata, ou objetos naturais, como gravetos e pedras. Os instrumentos necessários aqui são os naturais. Pedras, árvores, rios, folhas e plantas formam o rol de instrumentos da magia natural, juntamente a alguns itens “comprados em lojas”, como espelhos, velas e linhas.

A manipulação desses instrumentos, em conjunto com a necessidade premente, é normalmente o bastante para trabalhar a magia, pra que alguns poderes da Natureza se ativem e tragam as mudanças necessárias. A magia é enganosamente simples e incrivelmente fácil.

Obviamente, enterrar uma pedra no solo, segurar uma folha ou desenhar uma figura num automóvel, por si só, não acarreta nada.

Somente quando tais gestos são executados num estado de carga emocional é que as mudanças são forjadas e a magia realmente acontece.

Para que a magia efetivamente aconteça, três fatores deve estar presentes: a necessidade, a emoção e o conhecimento.


Três fatores

A necessidade é simples. Você acorda numa manhã com uma terrível dor de cabeça da qual não consegue se livrar. Ou pode ser que precise de cem dólares até o final mês. Um amigo pode estar em busca de um novo amor. Em todos esses casos, há uma necessidade.

A necessidade não deve ser confundida com o desejo. Os desejos costumam ser passageiros, o que desejamos esta manhã pode ser suplantado por outro desejo na manhã seguinte. Um desejo é um capricho; já uma necessidade é um estado importante, de sentimentos profundos, que nos consome.

A emoção é também muito clara. Pode precisar de um emprego, por exemplo, mas se não estiver emocionalmente envolvido na busca desse emprego, preocupado, ansioso ou irritado, nem mesmo todos os encantamentos do mundo lhe trarão tal emprego.

Eis o porquê de, algumas vezes, ser infrutífero realizar encantamentos para outras pessoas, a não ser que você possa sentir a mesma necessidade que elas sentem – emocionalmente.

O conhecimento constitui o corpo da sabedoria mágica. Em outras palavras, um encantamento ou ritual, ou as teorias básicas por trás deles, que nos permitem criar nossos próprios conhecimentos.

Um encantamento ou ritual é apenas um modo de fazer algo. Há muitos outros meios, e muitas variações possíveis para um encantamento.

Com estes três fatores, qualquer coisa pode ser atingida, limitada apenas por nossa experiência e tempo. A primeira é a chave – somente ao realizar magia você saberá se funciona ou não.

A magia é algo semelhante a uma passarela desconhecida. De início, você pisará de leve, testando, checando se é segura.

Depois, você caminhará sobre ela confiantemente, sabendo onde pisar e onde evitar.

Muitas pessoas encaram a magia com desconfiança, prontas para crer, mas incapazes disto sem provas.

É uma prática saudável. A crença é uma coisa, mas a certeza é outra bem diferente. Há a possibilidade de uma crença não ser fundada. A certeza, no entanto, é apenas aquilo – os frutos da experiência que nos permitem aceitar algo por inteiro.

As limitações – dúvidas e falsas crenças – são eliminadas apenas por meio da perseverança e do trabalho. Muitas pessoas sentem que vale o esforço, mas esta é uma escolha puramente pessoal.


Moralidade Mágica

Moralidade? Na magia?

Sim. Não no sentido de valores e ética, social ou pessoal, pois estas estão em constante mudança. Mas moralidade no sentido espiritual.

Magia deveria ser executada visando efeitos positivos, nunca negativos. A manipulação do poder para infligir doença, dor, morte; destruir, usurpar ou causar qualquer dano à propriedade de outra pessoa; ou para controlar outra pessoa é considerada magia negativa.

Isso inclui forçar alguém a se apaixonar por você ou a fazer sexo com você; interromper um casamento ou um caso de amor; mudar a cabeça de outra pessoa – forçar alguém a fazer algo que não deseja.

A magia não é um campo aberto onde os egos e as necessidades egoístas podem ser satisfeitas com um capricho. Há riscos à espera daqueles que efetuam trabalhos negativos. Essa magia pode se concretizar, mas as duras conseqüências nunca compensam os efeitos.

Há um princípio mágico segundo o qual o que você deposita em sua magia é exatamente o que vai receber. Se executar magia benéfica, você receberá de volta essas benesses. O mago negativo, entretanto, receberá apenas negatividade, e normalmente ela destruirá aquele que manipula.

À luz deste princípio, não há aparentemente razões para efetuar magia negativa (geralmente chamada de “magia negra”). Realmente, não há. Aqueles que ainda não se convenceram e que a executam receberão os frutos das ações.

Obviamente, é o aspecto benéfico da magia que a torna, e ao seu usuário, divinos.

A magia negativa sempre teve seus seguidores. São aqueles seduzidos pelo mal, cegos pelo poder temporário eu lhes é oferecido, impossibilitados de ver a luz até que seja tarde demais.

Algumas magias a seguir são destrutivas, e isso pode gerar algumas confusão. A maioria de nós associa a destruição com o mal. Entretanto, a destruição da própria negatividade – com maus hábitos, obsessões, males e assim por diante – não é negativa. Uma vez que isto não causa mal a ninguém, pelo contrário, ajuda, é seguro dizer que é magia positiva.


Magia Para Si Mesmo

Executar magia para si mesmo não é egoísmo, pois melhora todo o mundo. Muitas pessoas parecem crer que é ótimo criar um encantamento para um amigo mas não conseguem realizar nada para si próprias.

Esta é uma idéia distorcida, e deve ser abandonada quanto antes. Apenas quem é saudável, feliz e financeiramente seguro pode auxiliar os outros, do mesmo modo como deve amar a si próprio para que então os outros o amem.

Parte desta confusão vem das técnicas utilizadas. A magia que lhe traz benefícios em detrimento de outras pessoas deve ser evitada, pois não condiz com a moralidade da magia.

Normalmente, há um meio de melhorar sua vida e a si mesmo sem causar danos a outros, e esta é a magia que deve ser utilizada.

Nunca se sinta egoísta ao executar magia em seu proveito, desde que não cause mal a ninguém.


Magia Para Os Outros

Se divulgar suas atividades mágicas, outras pessoas virão até você e pedirão que execute encantamentos. Cabe a você decidir se fará ou não sua vontade, e esta decisão deve ser tomada com base em alguns fatores.

Há apenas uma regra de outro no que diz respeito a fazer magia para outros: se isso lhe faz sentir-se bem, faça-a. Caso contrário, desista.

As pessoas tendem a ser um tanto malandras ao pedir auxílio por meio da magia. Normalmente elas disfarçam suas explicações, ou mentem abertamente, para convencê-lo a ajudá-las.

Até mesmo bons amigos podem não ver a verdade em alguns casos, ou podem gerar um incidente fora de proporções. Baseado em tais evidências, você pode até vir a confrontar-se com um problema que nem sequer existe, desperdiçando assim seu tempo e energia.

As pessoas podem também pedir para que realize algo por meio da magia que eles próprios poderiam realizar se arregaçassem as mangas e pusessem as mãos na massa.

Com todos estes pensamentos não ditos, verdades ocultas, mentiras e enganos, o que podemos fazer?

Na magia, é melhor utilizar alguma técnica divinatória para obter algumas respostas.